27.9.11

Just a creep

Se estás a ler este post na expectativa de que seja direccionado a ti, acertaste. Parabéns, ganhaste o primeiro prémio! Preferes pagamento a pronto ou em suaves prestações? A pronto. Bem me parecia. Também prefiro que assim despachamos isto de uma assentada. Mensagens subliminares em estratégicas passagens de letras de música*, partilhadas no Facebook, não são a minha praia. Muito menos actualizações de status com indirectas. Também não sou de cartas de escárnio em suporte email. Muito menos de chamadas a pagar ao destino. Not my style. Mas como farei os possíveis para não te encontrar e já que tenho um blog, um suporte de comunicação gratuito e do domínio público, então vai mesmo por aqui. Nunca irás saber se isto é um exercício de criatividade, um apelo ao cuidado de Nossa Senhora dos Pseudo Criativos que nada mais têm que fazer a uma terça-feira à noite. Mas, espera, talvez não seja nada disso e este post seja efectivamente para ti, pessoa inteligente que sabe tudo. Ceci n'est pas une lettre adresseé à toi ma bête. Não sabes o que significa? Usa o Google Translator. Adiante. Estas linhas não surgem hoje por acaso. Estive a adiar o teu luto na ridícula esperança de que algo mudasse. E mudou. Eu mudei. Deixei de te ver com as lentes que usava então. Lentes de contacto que já tinham passado o prazo de validade, vê tu bem. Agora, à distância e com lentes novas, tudo se torna estupidamente claro. E o mais engraçado é que eu já tinha visto tudo! Pior cego é o que não quer ver, dizem os sábios. Eu digo que, pior que esse senhor, só mesmo aquela que anda a prolongar a vida às descartáveis. Agradeço-te as massagens de ego, os liftings, boosts e todas as merdas que nos fazem sentir as maiores cá do bairro. De facto, foi um tratamento supimpa a low cost. Contudo, devolvo-te, sem aviso de recepção, todas as conversas da treta, os jogos de charme, a excessiva informação partilhada, enfim, todas as teaças com que pensavas armar a cilada**. Espero que esse talento vocacional para os lavores te dê um jeitão na nova toca onde, seguramente, serás feliz. Repara como desejo apenas que sejas "feliz" e não "muito feliz". É que os teus dias jamais terão a mesma graça, elegância e, lá está, felicidade sem a minha pessoa por perto. Odeio-te. Até nunca.  

 

*No entanto, considerar válida a mensagem totalmente explícita nesta maravilhosa letra musical you little creep. (só para reforçar a cena, caso ainda estejas em modo negação)
**Será que Dum Dum mata aracnídeos? (ah ah, confessa lá que não vais ter saudades da minha elevada capacidade em casar tão bem texto, nome de música e nome de banda, hein?!)
publicado por ARA às 23:42
link do post | comentar | favorito
26.9.11

Com sabor a manteiga?!?

 

Juro que não percebo estas invenções. Fui educada com manteiga Mimosa. Sempre que a minha mãe voltava das compras, uma onda de esperança inundava os meus triglicéridos: "espero que tenha comprado Planta, Planta, Planta". Mas isso nunca acontecia. Manteiga Mimosa para todos. Sim, eu preferia Planta (e sim mãe, não te faças de surpresa que sempre ignoraste os meus pedidos afirmando que a manteiga era mais saudável...) e só tinha a sorte de a apanhar na casa da minha melhor amiga. Convenhamos. A flor da Planta era muito mais gira que as cores sensaboronas da embalagem Mimosa. Aquele amarelo vivo do creme vegetal casava muito melhor com o pão que aquela nata pálida a puxar para o transparente. E a suavidade? Quem quisesse manteiga cremosa, e não lascas de gordura, tinha que tirar a Mimosa do frio uma meia hora antes. Já a Planta...tinha aquela suavidade sempre garantida. Agora que faço as minhas compras (e que é cientificamente provado, adivinha lá mãe, que os cremes vegetais representam um aporte de gorduras insaturadas, ou seja, saudáveis), inventam uma Planta com sabor a manteiga?!?! WTF?!?! Mas haverá alguém que, gostando da singularidade da flor queira comê-la com sabor a vaca? Depois de ver a publicidade à coisa, tive a oportunidade de a provar, imagine-se, na casa da minha mãe (introduzir risos). Pois, é que não estou mesmo a ver outra pessoa que fosse comprar a crème de la crème do linear dos frios. E, tal como esperava, a óbvia constatação: é que aquilo nem sabe a Planta nem sabe a manteiga. Portanto, what's the point?! Qualquer dia algum doido lembra-se de criar uma água mineral gaseificada com fruta, assim para agitar, misturando polpa de pêssego flutuante com bolhinhas de h2o. Ah, mas esperem...isso já existe. Humpf. Research & Development geeks. Gordurosos.

publicado por ARA às 20:45
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
21.9.11

Carreira 27

Tal como quem resolve parar de fumar, de beber ou de se drogar. Tal como quem decide emagrecer. Ou, talvez, engordar. A mudança inicia.

 

 

Avança.

 

 

(eventualmente p    á        r                     a)

 

 

Recomeça.

 

 

Concretiza-se. Quando verdadeiramente queremos. Quando chega o momento. O NOSSO. Não aquele que o melhor amigo acha que deve ser. Muito menos aquele que a família entende por bem atribuir, com um deadline sonoro asfixiado em luzes néon. "Muda". "Faz alguma coisa". Porque é suposto. Porque é natural.

 

 

 

Há vários meses atrás, celebrei a mudança. Depois de sofrer e muito preocupar. Depois da ansiedade. Do orgulho. Então, celebrámos todos de copo de tinto na mão. Senti-me leve e livre para a demanda do Santo Graal, para a felicidade prometida. Tudo o que viesse de novo, de diferente, seria encarado como experiência temporária, secundária, e nada mais do que isso. Ouvi e li muitos nãos. Fiquei sem demasiadas respostas. Oscilei entre o abismo e o cume da montanha num verdadeiro ascensor hormonal barra emocional. Desgaste. Euforia. E lá ia eu munida de passe de livre trânsito. Sempre atrás d'Aquilo.

 

Há dias o Aquilo encontrou-me. Eu, convencida de que estava perante o meu grand finale, só precisei de uma semana (talvez nem tanto) para perceber que não era Aquilo que queria. Nunca quis. Foi então que percebi que a mudança celebrada, há meses, entre gargalhadas fermentadas, era apenas e tão só o início de uma viragem bem maior. 

 

Desconheço o que o futuro me reserva. Prefiro assim. Mas, hoje, posso dizer, segura e tranquila: não tem nada a ver com aquilo. Hoje, sem receios ou culpas, assumo: é isto. Sempre foi. E, assim, lá se perde o medo de mudar de "carreira". Viagens há muitas. E todas perfeitamente válidas. A minha, está só a começar.  


publicado por ARA às 20:14
link do post | comentar | ver comentários (6) | favorito
5.9.11

Completamente viciada

publicado por ARA às 00:11
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Seguir no SAPO


ver perfil
seguir perfil

Pesquisar

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

grande animação! ;)
Se foi essa tragédia toda por causa de uma venda n...
Hmm, eu pensei que não valia a pena por Billy ou B...
Nunca imaginei que um simples anúncio poderia prov...
Obrigada, mami! Graças a elas, há material para po...

Posts recentes

Deixe o amor entrar*

Do Barril

Das leis do Universo

A Guerra dos Tronos

A menina escreve?

Arquivo

Novembro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Janeiro 2013

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Mais comentados

subscrever feeds