É o meu refúgio citadino preferido. Aquele lugar para onde quero ir quando preciso de paz. O abrigo que procuro quando há que pensar e tomar decisões importantes. O meu ponto de fuga. A banda sonora de um fim de tarde perfeito... quando urge trocar (ainda que temporariamente) os sons da cidade pela melodia da folhagem cumprimentada pelo vento. Invariavelmente, um cão que ladra, uns pássaros que comunicam entre si e algumas crianças que brincam e riem no recreio do infantário lá de baixo. E é no Elevador do Lavra que começa essa viagem para uma micro realidade que vive e respira saúde ali mesmo no centro de Lisboa. Recomendo.
Este post dirige-se, sobretudo, às moçoilas que seguem este blog (reparem como uso o plural...sou assim, uma optimista!). Dentro desse grupo, diria que este post está mais direccionado para aquelas que:
- sabem quem diz "in fashion, one day you're in and the next day you're out";
- estão seguras de que o Tim Gunn não é a personagem principal do Top Gun;
- têm perfeita noção de que Miss J não é uma menina (embora ninguém diria);
- acreditam que um coordenado não remete apenas para movimento;
- sabem que Bimba y Lola não é uma grupeta de música pimba (embora até desse um bom nome).
Moda. É esse o tema do post - tema inédito neste blog. Mas, atenção, embora nunca me tenha debruçado sobre esta temática...sou menina que papa os Project Runways, Next America Top Model, Shear Genious e What Not to Wears da vida como se não houvesse amanhã!
E mesmo não sendo a pessoa que compra as Vogues, Elles e Máximas; mesmo sendo uma miúda que nunca daria centenas de euros por uns sapatos de sola vermelha; mesmo sendo aquela que dificilmente saberia reconhecer um estilista internacional na rua (excepto o giraço do Ford ou o louco do Galliano), eu gostava de ter um Stylebook da CC (http://ccstylebook.blogs.sapo.pt/tag/stylebook)!
Sim, gostava de ter um guia no qual encontrasse boas recomendações dos formatos e cores de roupa que melhor enquadram a minha pessoa. Onde encontrasse sugestões de looks da estação actual e tendências da próxima, onde encontrá-los e, já agora, onde tivesse uma ideia de preços. Mas atenção! Nada de dicas-chapéu para quem quiser, e conseguir, enfiar! Gostava de as consultar sabendo que aquelas recomendações nasceram das características do meu corpo, abençoado desde 1984 com uma larga anca e peito quase inexistente!
E é mais ou menos isso que a CC, uma querida amiga minha com experiência no mundo fashionista, anda a fazer! Mas porque sou defensora da máxima "à moda, o que é da moda" (e numa só frase, disse moda duas vezes e ainda fiz, sem querer, publicidade à revista feminina mensal que, acima, disse não comprar), convido-as (e "-os", meninos que não sabem o que oferecer às suas pequenas ou que, eventualmente, tenham uma Miss J dentro de vós) a visitar o blog da CC. Lá, encontram toda a informação sobre os Stylebooks e o percurso da minha amiga.
She is definitely in fashion!
Hoje descobri que no YouTube existe uma playlist com o meu nome. O meu primeiro e último nome. E agora perguntam: devem haver milhões de Andreias Rodrigues por esse mundo fora, não? Sim, sem dúvida. Mas esse não é o meu último nome. O meu apelido é Aljustrel, nome que pouquíssimas pessoas têm. As que existem, são família. E que saiba, não há outra Andreia. O que sei é que existe uma lista de 34 vídeos, criada há duas semanas por um tal de magoportuga69. Mas agora o melhor (ou pior)... as músicas da minha playlist! São elas hits como Quero Falar com Ela (Rick & Renner), Amor sem Limites (Roberto Carlos), Eu já tirei a sua roupa (Wando), Louca Paixão (Maurício Mattar), Vem Fazer Amor Comigo (Leandro e Leonardo). E podia continuar a lista. Parece que tenho um admirador, de 38 anos, com gosto musical algo dúbio... Mas nem vou ficar muito entusiasmada, porque já vi que enfrento a concorrência da Ana Cartaxo "Bombar" e da "Marrentinha", as "outras" que dão nome a playlists criadas por este mago do amor. Pfuuuuui. Medo, muito medo.
Nunca tinha visto alguém numa cadeira de rodas usar um transporte público em Lisboa. Até há uns dias. Até esse momento, pensava que o botão com o símbolo de mobilidade reduzida nos autocarros (do lado de fora, ao pé da porta traseira), fosse um mecanismo funcional de "aí vai a rampa toda xpto para a pessoa da cadeira subir facilmente". Mas descobri que, pelo menos naquele 745, o botão emite um sinal sonoro e significa algo como "motorista, agora travas o carro e vens até cá atrás com toda essa pouca vontade levantar o que eu pensava ser um alçapão mas que é, afinal, a mini rampa manualmente accionada, disponibilizada com toda uma nuvem de pó". No mesmo dia, curiosamente, deparei-me com a primeira cadeira de rodas a circular no metro. Com ela, três seguranças da estação iriam prestar apoio (apenas um foi necessário). Na estação de destino, já lá estava um quarto para ajudar a tirar a cadeira da carruagem. Desconheço a realidade da adaptação (ou falta dela) dos transportes públicos às cadeiras de rodas noutros países, é um facto. Mas posso falar do que vejo no meu país. E vejo que uma acção que deveria ser "normal" causa uma enorme estranheza a quem segue viagem. Causa uma enorme má vontade ao motorista que não disfarça um pensamento como "bolas, tenho que ir lá atrás levantar aquela porra". Causa insegurança aos seguranças que pensam que é necessária a força de três homens para inclinar a cadeira e conduzi-la para dentro da carruagem. Não sei se noutros países os transportes públicos apresentam uma melhor adaptação a quem vive a vida numa cadeira. Talvez tenham paragens com uma espécie de pontão de espera, ao nível do piso do autocarro, que facilite a entrada. Talvez o metro tenha uma carruagem específica para mobilidade reduzida, que páre numa zona devidamente marcada nas estações, com uma rampa incorporada. Talvez sim. Talvez não. O que sei é que no meu país já se mudou o nome de uma estação de metro para a insígnia de uma marca toda-poderosa. Nessa estação dão-se concertos, há exposições e wireless gratuito. Mas quem está na cadeira não pode ter acesso a nada disso se quiser entrar na Baixa-Chiado. É que os elevadores ligam o piso das bilheteiras à plataforma do metro...mas não o fazem ao exterior. Para isso, terá que se deslocar ali aos Restauradores (se o elevador de rua funcionar) e chamar o segurança (ou três) para recuar uma estação de metro.
Hoje estreei-me no Quiosque da Time Out Lisboa. A esplanada estava meio vazia. Acho que os lisboetas aproveitaram o feriado para uma escapadela de quatro dias. Fizeram muito bem. Cada um escapa-se para onde pode. Eu cá, como gosto de experiências multisensoriais, optei mesmo pelos escapes da Avenida da Liberdade. É aproveitar porque em Julho já só circulam veículos com catalisador e acabam-se as fumaradas passivas. Adiante. Na hora de escolher o que consumir no novo spot, informaram-nos que não há ementa. Como? Nem um papelito, um cartonete, um díptico de impressão duvidosa? Esta falha não é coisa que se espere de um espaço de restauração associado a uma publicação impressa. Será que o restaurante do Sol também não tem carta e os empregados recitam os pratos disponíveis? E a discriminação ao leitor não fica só por aqui! Não. É que outra coisa que não fica nada bem a um meio de imprensa escrita é obrigar as pessoas a sacar das lupas ou binóculos que, evidentemente, não guardam nas suas carteiras. Alguém que diga ao chefe para ser mais generoso com o tamanho da letra com que escreve, na ardózia, alguns dos comes. Sim? Já que nos bebes, pelo menos nos naturais, só havia sumo de morango. Ah não, afinal, também havia limonada com manjericão. Escapa.
Excelentíssimos leitores (ou o que resta de vós),
este blog não é - repito, NÃO É - amigo do Gaspar. Descansem. A foto fofinha foi só um "estratagema barra trocadilho" para captar a atenção para este post. As finanças e a palavra de cinco letras - expressamente proibida neste espaço - nada têm que ver com o vazio que para aqui vai... Mas não vou mentir. A palavra com cinco letras vai continuar a ser publicada em todos os outros canais de comunicação. Persistente como uma tosse convulsa, eterna como uma tatuagem, velha como a Duquesa de Alba, irritante como a voz da Cristina Ferreira... enfim, uma sacana! Mas alegrem-se: quando quiserem descansar os olhos desses caracteres cinzentos e gastos... podem vir aqui. A gerência promete pôr isto a mexer. Não garanto é que os conteúdos tenham qualquer pertinência para o estado da nação. Mas pior não farão.
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