1. A loucura com a entrevista do Cláudio Ramos no Alta Definição. “Muita coragem”, “testemunho poderoso”, entre outros comentários do género, invadiram as redes sociais nos últimos dias. Ora vejamos, o homem revelou ser gay e ter um problema de coração que o torna mais susceptível a uma morte prematura. Muito sinceramente, espero que o senhor viva muitos anos e que tenha imenso amor para dar e receber. O que me incomoda é que eu sou hetero, assumida há décadas, e nunca ninguém me deu os parabéns por isso. Além disso, já me tiraram a vesícula, vai fazer dois anos, e o Daniel Oliveira simplesmente cagou para o assunto.
2. Pessoas que vestem fato de treino para ir trabalhar. A menos que estas pessoas sejam instrutores de ginásio ou professores de educação física - com mau sentido de orientação geográfica - não percebo o que fazem diariamente num edifício de escritórios.
3. Malta que não lava o cabelo e acha que fazendo um rabo de cavalo, ou o tão na moda “bun”, disfarça o problema. Lamento informar mas essas técnicas elaboradas não dissimulam a badalhoquice. Dica: “keep it simple, wash it”.
4. Sem sair do tema, que mania é esta das miúdas que só conseguem prender o cabelo depois de jogarem a cabeça para baixo e agitarem a juba freneticamente? Por favor, será que podem evitar fazê-lo em via pública e nos transportes? Recordo que os anos 80 já terminaram e a publicidade ao Timotei também. Lavar e exercitar o cabelo são coisinhas para fazer em casa.
5. O perigo das sessões fotográficas urbanas. Um indivíduo já não pode ir passear sem sentir a adrenalina dos últimos momentos de vida. Não basta uma pessoa ter de se desviar dos ciclistas e das Tuk Tuk, agora ainda tem de estar atenta para não estragar momentos Kodak de cunho profissional. É todo um parkour para passar por entre fotografados, fotógrafos, assistentes, assistentes dos assistentes e toda a parafernália envolvida. Isto sim requer muita coragem. E sim, estou a olhar para ti, Cláudio Ramos.
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