A minha foi este sábado. Muito provavelmente, escrevo estas linhas com uma taxa de álcool ainda capaz de fazer corar o São Nicolau.
Diria que correu muito bem. Lembrei-me de calçar sapatos semi novos, desafiando estoicamente a hora da debandada. Optei por não alisar o cabelo, assumindo a Gloria Gaynor que há em mim, qual rainha do disco sound. Comi muito pouco, potenciando o rápido efeito tranquilizante da cevada maltada. E da uva, há que acrescentar, rica em antioxidantes.
Apesar dos desafios, foi uma festa memorável. É sempre um regalo ver as modas e as últimas tendências do styling duvidoso. É maravilhoso observar os fenómenos migratórios entre as mesas e os bares. Digno de nota, assistir às reacções de desespero de quem acreditava que as bebidas brancas eram servidas à discrição. Melhor, assistir aos exercícios de aspiração central de indivíduos que, claramente, apenas se alimentam duas vezes por ano. Nas festas de Verão e Natal, naturalmente.
Acima de tudo, gostei de ver que os convivas mantêm-se fiéis à tradição: ignorar os discursos do CEO e abraçar, sem medos, actividades de team building com direito a bola vermelha no canto superior direito. Feliz Natal!
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